sexta-feira, 3 de julho de 2009

SEXTA, 03/07/09

- Passo os olhos em pesquisa Ibope publicada hoje no Estadão e vejo o Geraldo Alckmin ( PSDB - SP ) variando a sua performance eleitoral, nas diversas hipóteses de candidaturas aventadas, entre o mínimo de 42% das intenções de voto , até o teto de 51% . Fico satisfeito ? Fico, sem dúvida. O Geraldo Alckmin foi vice de Mário Covas, governou São Paulo e dele, justiça se lhe faça, jamais li algo que atingisse a sua honra pessoal e a sua capacidade como gestor público. Essas de "picolé de chuchu", de "sem carisma", são muito pouco significativas no espectro político. Alckmin, na minha modestíssima opinião, teve três escorregões : o primeiro, foi de ir atrás de papo de marqueteiro e , no começo do segundo turno das eleições em que competiu com Lula, ter fugido ao seu estilo elegante e sóbrio e, num debate com o adversário, partido para uma agressão verbal descabida e, também, haver recebido com todas as honras aquele picareta do Garotinho. Nesses lances, perdeu a eleição ; o terceiro foi ter saído candidato a prefeito nas últimas eleições. Felizmente, foram "pecados veniais" e, tudo indica, o paulista o quer de volta ;

- Na mesma pesquisa, José Serra ( PSDB - SP ) surge com 62% de aprovação dos entrevistados. O Serra, devo confessar, passa longe de me entusiasmar, talvez por identificar nele traços políticos muito parecidos com os do presidente Lula. O polegar pra cima é só para o lulismo se preocupar um pouco com 2010 ;

- Indústria volta a crescer em maio, mas ainda em ritmo bem moderado ( 1,3% em relação a abril, mas com queda de 11,3%, se comparado com maio de 2008 ) . Os analistas, no entanto, garantem que a recuperação se acelerá nos próximos meses, pois constatam a existência de sinais consistentes nesse sentido. A dificultade maior, sem dúvida, está no setor de exportações.


- O presidente do Senado, José Sarney ( PMDB - AP ), "aquele que não é um qualquer" e por isso mesmo deveria dar bons exemplos, omitiu à Justiça Eleitoral uma casa de 4 milhões de reais. Coisinha pouca, é verdade, e ele, naturalmente, esqueceu. Quanto mais podridão sarneyzista aparece, mais o Lula o defende. É o nonsense da nossa política. O PT, se é que ainda tem algo a ser desmoralizado, saiu de cócoras, ao ter que voltar atrás, em horas, da posição solenemente adotada de apoiar a saída do Sarney da presidência do Senado, enquanto as denúncias sobre seus atos delituosos eram "apurados". O líder Mercadante, rabo entre as pernas, deu o dito pelo não dito e fim de papo ! Pior é saber que o presidente Lula aceita ser enquadrado pelo trio Wellington Salgado ( PMDB - MG ), Renam Calheiros ( PMDB - AL ) e Gim Argello ( PTB - DF ) . Esses três, sinceramente, o país não merece ! ;

- Que idéia deplorável essa de fazer um pequeno contingente de jogadores corintianos ir de Porto Alegre até Brasília pra beijar a mão do presidente Lula e mostrar a ele a taça ganha na Copa do Brasil. Brasília pegando fogo, o Senado desmoronando, e um torneio de importância menor tira o foco presidencial desses assuntos, é mesmo o fim da picada ;

- Aliás, por falar em Lula, o Brasil para ele virou "escala " . E, quando no Brasil, Brasília é só de passagem. Esse é o homem que criticava FHC por viajar muito ;

- Essa foi pescada na coluna do Ancelmo Gois em O Globo : a respeitabilíssima revista britânica The Economist, dedica espaço à saída do " ministro do Futuro ", Mangabeira Unger e a sua volta a Harvard : " O pensamento de Unger é uma mistura curiosa de esquerdismo com liberalismo, cuja lógica cartesiana só é clara a ele próprio " . Falou e disse !


" A internet é um paradoxo : aproxima quem está longe e afasta quem está perto . " ( Autor desconhecido )