- Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, admite a criação do Estado Palestino, só que totalmente desmilitarizado . A minha leitura da declaração é positiva, até mesmo em razão de os palestinos hoje não possuírem nada de expressivo em termos de equipamentos bélicos. Entendo que Israel está oferecendo os ( alguns ) anéis para não perder os dedos, diante da posição dos EUA, velho parceiro e apoiador, e que agora muda de posição, com o presidente Obama batendo o pé na criação de um Estado Palestino. Os mais radicais, de um lado e de outro, já se apresentam, tentando desqualificar a proposta. Claro, a esses só interessa a guerra e o terrorismo. A proposta de Netanyahu, para mim, surge como um convite para "sentar a mesa" e estabelecer o diálogo. Que prospere, pois ! ;- Polícia Federal e Ministério Público vão a Justiça para obter documentos do Senado - E isto é bom, haverão de estar perguntando vocês . É claro que é ! . Um dos nossos tumores está sendo lancetado. E, a talvez mais nefasta figura da nossa República, pelas mais de cinco décadas de poder, o presidente da Casa, senador José Sarney ( PMDB - AP ) , que tem o descaramento de querer posar como estadista, vem tendo exposta à opinião pública a sua verdadeira face, de traidor, desleal, desonesto e político capaz de servir a qualquer Senhor, desde que regiamente recompensado ( uma vez até, por arte do destino, com a propria presidência da República ) . Este cidadão é tão desprovido de pudor que não se acanha em ser senador pelo Amapá, Estado com o qual não possui a menor familiaridade e a responder com o recente, porém já tradicional "não sabia" , a cada descoberta de safadezas praticadas pelo senado, nas três vezes que o presidiu ;
- Muito interessante a entrevista de Rudolph Giuliani às páginas amarelas da revista Veja. Prefeito de Nova York por dois mandatos ( 1994 a 2002 ) , Giuliani tornou-se uma referência em recuperação urbana. Havendo encontrado a cidade em franco processo de degradação e acelerado crescimento da violência urbana. Ao deixar a prefeitura, Nova York havia sido transformada em uma das cidades mais seguras dos Estados Unidos e houve uma grande recuperação da qualidade de vida da cidade, que a fez voltar a desfrutar do prestígio de "capital do mundo" . Ao assumir, Giuliani, colocou em prática a sua política de " tolerância zero", de intransigente combate a todas as transgressões comuns às grandes cidades, até mesmo reprimindo as pichações e acabando com os "moradores de rua" ( não como dizem ter acontecido no Rio de Janeiro, na década de sessenta, quando andaram afogando mendigos ), mas tirando-os das ruas e levando-os para centros de reabilitação social, hospitais ou mais o que fosse necessário a cada caso. Aqui, achamos bonito permitir que os indivíduos permaneçam pelas ruas, ali fazendo suas necessidades, ameaçando os transeuntes e mesmo sendo incendiados pelos loucos de sempre. Acha Giuliani que quem não cuida das pequenas coisas, certamente não cuidará bem das grandes e está certíssimo. Segundo ele, a polícia que encontrou só se preocupava com roubos de um milhão de dólares para cima ou com grandes traficantes. O assaltante de rua não era perseguido, nem os praticantes de "crimes pequenos". O problema é que o ladrão de rua e o passador de drogas estão ligados aos chefões do crime e um não existe sem o outro. Nós, moradores de São Paulo, adoraríamos se os nossos prefeito e governador se dispusessem a tomar um curso intensivo com Giuliani. A cidade teria muito a ganhar ;
- Segundo nos conta o Estadão, "diminui a diferença entre gerações" , ou seja, a garotada em torno de 20 anos, está aceitando mais a companhia de seus pais, em momentos de divertimento e viagens. Não era o que predominava na época dos meus filhos, hoje na casa dos trinta anos. Nem tanto por eles, mas "a turma" não queria saber dos "velhos" em seus programas. Esta barreira fazia com que dos dezesseis, dezessete anos em diante, houvesse um certo distanciamento, somente sendo retomada uma convivência mais estreita na fase adulta. Eu, em relação à minha filha, fui um privilegiado, pois fomos grandes companheiros de viagem, todas elas sem brigas nem rabugice. Já o meu filho, sempre preferia se unir a amigos ou, até mesmo, a viajar sózinho. Questão de temperamento .
- Não quero assumir a postura de mau perdedor, mas me confesso surpreendido com o resultado das eleições no Irã. Nem tanto pela vitória de Ahmadinejad, porém pela larga margem apurada ( 63% Ahmadinejad, contra 34% Mir Houssein Mousavi ) . Estão havendo sérias denúncias de fraude na apuração do pleito. Não sei. Mas as expectativas dos analistas ocidentais era bem diferente e, são eles as minhas fontes de informação. Lamento muito o resultado, primeiro por receio de que ocorra um sério conflito interno, com as consequentes perdas de vidas ; segundo que a posição política extremista de Ahmadinejad e o seu ódio à Israel e Estados Unidos, em nada contribuirá para a paz na região e as primeiras repercussões nesse rumo já se fazem sentir ;- O G-8, formado pelos oito países mais poderosos do planeta, está em estado de pânico, pois foi decretada a sua extinção . Por quem ? Ora, pelo assessor de Assuntos Internacionais de Lula, o tal de Marco Aurélio ( top-top ) Garcia, aquele que costuma comemorar tragédias aeronáuticas com uma das mãos espalmadas batendo sobre a outra, mantida como se fosse um copo. Esse protótipo de diplomata petista, felizmente, é figura menos conhecida no cenário internacional, que qualquer pangaré que costuma pastar em sítios da periferia. Menos vergonha pra gente, não é ? ;
- Como Lula viu a crise, segundo O Globo : ( tudo gravado e arquivado )
" Crise ? Que crise ? Pergunta para o Bush " ( 16 -09 - 2008 ) ;
" Até agora, graças a Deus, a crise não atravessou o Atlântico " ( 22 - 09 - 2008 ) ;
" O Brasil, se tiver que passar aperto, será muito pequeno " ( 29 - 09 - 2008 ) ;
" Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar " ( 04 - 10 - 2008 ) ;
" Tem gente torcendo para a gente quebrar, tem gente que vai deitar rezando : tomara que a crise pegue o Brasil para esse Lula se lascar. É quase uma propaganda sistematizada em favor da crise " ( 09 - 12 - 2008 ) ;
" O que aconteceu com o PIB brasileiro já era esperado pela equipe econômica no primeiro trimestre. Tínhamos consciência de que, em função do que aconteceu a partir de outubro, teríamos o primeiro trimestre fraco e temos conciência de que é possivel dar a volta por cima e começar a partir de março a recuperação em várias áreas da atividade econômica " ( 10 - 03 - 2009 ) ;
" É uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise parecia que sabia tudo e que, agora, demonstra não saber nada " ( 26 - 03 - 2009 ) ;
" Eu fiquei triste, pois a gente vinha num crecimento tão extraordinário, com 5% ou 6% , estávamos numa situação tão boa, e de repente vem uma crise. Eu continuo acreditando, pelos números, que nós fomos o último país a entrar na crise e que vamos ser o primeiro a sair " ( 9 - 07 - 2009 ) .
"O valor das coisas não está no tempo em que ela duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis" ( Fernando Pessoa )Observação : reencontrei este primor de conteúdo no último número do site do meu amigo Marcelo Lefèvre e não resisti à tentação de trazê-la a este espaço.
