segunda-feira, 25 de maio de 2009

DESASTRE DE AVIÃO

Super King Air B-350

No momento, o tema "acidentes aéreos" volta com força ao noticiário, por conta da queda de um turboélice Super King Air B-350 que vitimou 14 pessoas, na última sexta-feira à noite, em Trancoso, no sul do Estado da Bahia.

O lamentável acidente com essa aeronave, matou membros de três gerações da família do bem sucedido empresário Roger Ian Wright, inclusive ele próprio. As vítimas iriam passar o fim de semana numa casa de Roger, conceituado administrador de grandes investimentos, em um dos paradisíacos condomínios existentes na localidade, quando comemorariam o aniversário de um dos familiares mortos na tragédia.

Bem, os experts em aviação dizem ser o modelo da aeronave acidentada um dos mais seguros em sua categoria e a tripulação era muito experiente, de primeira linha mesmo . Por outro lado, as condições locais de tempo na hora da queda eram tranquilas e não se admite que nenhum procedimento de pilotagem imprudente tenha sido efetuado, até mesmo pelo fato de o vôo ter, até momentos antes da queda, transcorrido dentro da mais absoluta normalidade.

O local do choque estava a menos de duzentos metros da cabeceira da pista, já então totalmente sob controle visual do experiente piloto Jorge Lang, responsável pelo pouso. Há, no momento, três hipóteses sendo consideradas como causas do desastre : uma possível "desorientação" do comandante, em relação à posição da pista de pouso, uma perda súbita de potência dos motores, ou uma improvável troca de comando da aeronave na hora crítica da aterrissagem.

Bem, independente do rumo das investigações, fato é que o receio de voar, especialmente em aeronaves de menor porte, se torna agudo nesses momentos, fazendo com que muitas pessoas que são obrigadas a cumprir frequentes jornadas em pequenas aeronaves, se estressem fortemente a cada vôo. O grande trauma desse e de todos os acidentes da natureza é a súbita mudança de destino das pessoas que, momentos antes, comemoravam alegremente a vida, sem perceber que ela, para todos, acabaria em segundos e de maneira trágica.

Durante muitos anos, o avião fez parte do meu cotidiano e eu adorava voar, qualquer que fosse o equipamento, desde pequenas aeronaves até as que fazem as linhas intercontinentais. Acho que o medo está muito vinculado à frequência com que se é obrigado a voar. Quanto mais vezes voamos, maior a segurança que sentimos em estar a bordo de um avião.
Hoje, voar passou a ser para mim algo episódico e, se não sou dos mais apavorados, já não sinto prazer em estar num avião. Tenho que ir, vou. Mas a melhor hora é quando escuto os "agradecimentos da empresa aérea pela preferência" . Além de voar pouco, comecei a assistir àquela série na televisão sobre Acidentes Aéreos, que apresenta um relato das ocorrências e as suas correspondentes investigações. É impressionante como a maioria dos acidentes decorrem de falhas humanas, seja da tripulação de cabine, seja do pessoal de manutenção ,ou por economia de gastos das empresas aéreas.

Fato é que, acontecimentos como o da noite da última sexta-feira, chocam e causam um forte impacto . É muito triste ver uma família como a Wright ser praticamente aniquilada em um simples momento, demonstrando a fragilidade e vulnerabilidade de todos nós, seres humanos.