segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A Vistoria Veicular Obrigatória

Ao cidadão resta acreditar que os nossos dignos ocupantes dos poderes executivos municipal, estadual e federal, mantém equipes de assessores dedicadas em horário integral a criar embaraços e a encontrar brechas que lhes permitam arrancar mais dinheiro dos contribuintes, isto quando as duas condições não se integram.

Recente exemplo, no plano municipal, está a tal Vistoria Veicular. Sob o manto de uma causa nobre, o controle da poluição ambiental, a Prefeitura cobra dos proprietários de veículos uma taxa de vistoria a ser paga e posteriormente devolvida (será?), caso o automóvel se encontre dentro dos padrões estabelecidos.

Acontece que essa novidade nasce acompanhada por vícios indesculpáveis: existe uma única empresa especializada à qual é atribuída a tal aferição e ela inicia o seu trabalho, oferecendo a toda a frota paulistana de veículos, apenas quatro pontos de vistoria. Mas, como se não bastasse esse inconveniente, que tal começar o proveitoso crivo pelos carros de fabricação mais recente, enquanto aqueles "semi-novos", com muitos anos de uso, ficam para mais tarde. Controle ambiental? Ótimo, não podemos negar. Mas que nada seja cobrado dos sofridos munícipes que já pagaram fortunas de IPVA ao Estado; que haja um número de oficinas credenciadas compatível com a frota de veículos existente e que só seja iniciada a tal fiscalização quando, pelo menos, seja dado igual tratamento de chamada à verificação aos automóveis novos e velhos. Fora disso, é mais um insulto à paciência de quem vive por aqui.