Tenho um primo, Antônio José, a quem considero um irmão, que diz uma coisa muita certa : o ser humano tem hábito de não valorizar devidamente os momentos de felicidade, por acreditar que podemos perenizá-los, isto é, deles dispor sempre, ao nosso alvitre. Às vezes, chegamos a brincar com esse primo quando, diante de alguma ocasião sem maiores contornos especiais, ele, por exemplo, olha o mar à nossa frente, aguça os ouvidos para ouvir a música que está sendo tocada num piano, e propõe um brinde de agradecimento a Deus, por nos estar proporcionando aquela momento agradável, de fraterna amizade, de descontração, alegria e saúde . Fato é que, se voltarmos os olhos ao passado, haveremos de colher centenas, ou mesmo milhares de situações, também simples, sem nenhuma sofisticação, e amaríamos poder revivê-las o que não se torna mais possível. A vida nos ensina que nem só as grandes ocasiões, os casamentos, as viagens, os nascimentos, as grandes festas, ou os lugares especialíssimos, devem merecer de nós a devida valorização e registro na memória. Fui muito renitente em aceitar esse ponto de vista, mas, com a experiência que a vida nos costuma trazer, aprendi a pensar e a externar os meus momentos de pequenas e grandes alegrias. Todos eles valem a pena ... .
Quem quiser que acredite nisso, é um bom negócio, e nada de perder ótimos momentos, porque a cerveja não está tão bem gelada, o chope veio com o colarinho um tanto alto, a batata não está crocante como gostaríamos, o garçon demorou para trazer o que pedimos, etc. Vamos tratar de apagar o menor com o maior e não perder oportunidade de dar um abraço e de dizer : gosto muito de você !
Quem quiser que acredite nisso, é um bom negócio, e nada de perder ótimos momentos, porque a cerveja não está tão bem gelada, o chope veio com o colarinho um tanto alto, a batata não está crocante como gostaríamos, o garçon demorou para trazer o que pedimos, etc. Vamos tratar de apagar o menor com o maior e não perder oportunidade de dar um abraço e de dizer : gosto muito de você !
