segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

SEGUNDA, 02/02/09

- Três policiais e um soldado mantidos reféns das Farc foram liberados ontem e entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Penso que nada pode ser justificativa para a guerra, o terrorismo, o sequestro, o cárcere pelos chamados delitos de opinião. No caso, melhor ainda ser essa a primeira etapa da libertação de todos os que ainda se encontram prisioneiros da guerrilha colombiana;

- Dois meses após a implantação das novas regras estabelecidas para nortear o relacionamento dos consumidores com os SACs, alguns sinais de melhora já começam a se fazer sentidos. Falar com essas chamadas "grandes prestadoras de serviços" era capaz de levar qualquer um ao enfarte, ao AVC, ou à insanidade mental . Isto, na hora de reclamar, pois, na hora de comprar, aderir, ou assinar, eles costumavam ser eficientes. Ainda estamos apenas começando mas, se pode dizer, hoje "o paciente saiu do coma e já respira sem ajuda de aparelhos";

- Para o grande tenista espanhol Rafael Nadal que, novamente, derrota o fabuloso Roger Federer numa final de Grand Slam decidida em cinco sets, como normalmente acontece nos jogos entre ambos. Incrível é que, na véspera, Nadal havia superado o compatriota Verdasco, numa partida que durou incríveis 5h14m. Fato é que os dois jogadores formam na galeria dos maiores destaques da história do tênis. A supremacia atual do espanhol, para mim, se deve a ser ele mais jovem alguns anos que Federer e nesses esportes de "carga máxima" de esforço físico, menos anos significa menos desgaste acumulado. Agora, bonito mesmo foi a confraternização entre os dois após o jogo, com Federer sendo carinhosamente consolado pelo adversário que o tem e respeita como ídolo;

- Ver o brasileiro Maurício de Sousa, aos 73 anos, com as baterias carregadas, dando entrevista às páginas amarelas da Revista Veja, trazendo consigo projetos para o futuro e não se considerando já realizado com a sua obra, os seus dez filhos, onze netos e um bisneto, é estimulante. Nutro uma especial admiração por figuras como Walt Disney e o nosso Maurício de Sousa, pelo fato de a criatividade deles estar voltada às crianças, lhes proporcionando alegria e bons ensinamentos. Seria um sonho maravilhoso ver um dia, longe de guerras, fome e sofrimento, todas as crianças do mundo desfrutando do encantamento idealizado por tão geniais criaturas.



- Meu Deus, Sarney novamente, não! Que país é este, me permito indagar? O político José Sarney consegue encerrar em si próprio todos os males dos políticos brasileiros e será Presidente do Senado Brasileiro pela terceira vez. Que esperança podemos ter no futuro se, por aqui, um homem como esse é nominado de estadista ? é pouco ? pois o temos como imortal da nossa Academia Brasileira de Letras. Por fim, um lembrete: ele afirma e assina ser residente no Amapá, mas raros são os brasileiros que não o sabem morador de São Luís do Maranhão, com passagens em Brasília, para porem prática os seus projetos de manter uma monumental rede de apadrinhados políticos na direção de empresas estatais;

- Israel volta a atacar Gaza, em retaliação ao lançamento de foguetes disparados por palestinos. Pior, ameaça uma ação de caráter "desproporcional" à Faixa de Gaza, o que representará a destruição e a morte de crianças, mulheres, idosos e homens que desejam a paz e o encontro de uma solução definitiva que permita a israelenses e palestinos conviverem de forma pacífica;

- O ex-banqueiro, deputado tucano e atual Presidente do Banco Central afirma que o "problema de liquidez acabou por aqui". Vamos aguardar. Garante, também, Henrique Meirelles que o "spread" bancário será reduzido, face a uma série de medidas que já estão sendo tomadas. Para que haja produção, não basta existir crédito. O seu custo terá que ser suportável a quem produz empregos sustentados por vendas. E, pelo menos até hoje, exceto algumas linhas de crédito a poucos acessíveis, dinheiro de banco para alavancar produção é só para os que já andam na rota do desespero. Já faz tempo que se discute por aqui se os juros são altos por conta da inadimplência, ou se a inadimplência é alta por causa dos juros ...