O meu genro, que já havia visitado o Museu do Futebol, insistiu para que eu fosse com ele conhecer as atrações oferecidas por essa iniciativa e acabei por aceitar o convite, muito mais pela companhia que pela expectativa do que poderia encontrar no local.
Puro e linear equívoco. Conhecer o Museu do Futebol deveria ser compulsório a todos os que apreciam esse esporte. Os mais velhos, grupo ao qual me associo, têm a oportunidade de rever seus antigos ídolos praticando malabarismos que estavam guardados no "arquivo-vivo" da nossa memória. No meu caso, fui frequentador permanentes do Maracanã. lances e mais lances que testemunhei estão ali, mostrados com som e imagem e permitindo serem vistos até enjoar. E o museu não se atém apenas aos craques da bola. Técnicos e profissionais de imprensa de nossa época, muitos deles já desaparecidos, estão de volta aos nossos olhos e ouvidos.
Os mais jovens recebem uma preciosa aula sobre a "História do Futebol" e podem passar a limpo lances que lhes são contados por pais e avós, sobre as façanhas que assistiram ao vivo, como as diabruras do Garrincha e a genialidade do Pelé. Isso me faz lembrar do grande tricolor Nelson Rodrigues que, ao ser cobrado sobre a real existência de um determinado lance do passado que acabava de comentar, respondeu : "ora, se existiu ou não existiu é um detalhe. O que importa é que ele está bem vivo na minha imaginação ".
As Copas do Mundo, seus principais jogos também se fazem presentes trazendo de volta emoções, alegrias e decepções. A performance de quem nasceu na minha época ( 1946 ), nesse particular, é invejável. A primeira Copa do Mundo que acompanhei ( pelo rádio ) foi a de 1958. Além desse título, vibrei com as conquistas de 1962, 1970, 1994 e 2002 e sofri com todas as derrotas, especialmente com a de 1982 já que, pelo Maracanaço de 1950, passei incólume. Mas, dessas Copas estão lá registradas suas principais jogadas.
Não faltam também seções dedicadas às melhores defesas, aos melhores gols, aos melhores dribles, enfim, um colírio para os olhos de todos os que curtem o futebol. O museu tem como teto de algumas seções uma pouco comum visão dos degraus da arquibancada do bonito e já histórico estádio do Pacaembu que, como parte da atração, pode ser conhecido pelos seus visitantes.
De tempos mais remotos, época em que surgiu o futebol no Brasil, há farta documentação fotográfica e páginas de esporte dos velhos jornais. A história dos principais clubes brasileiros e a vibração dos seus torcedores também estão por lá, assim como a evolução da bola e das chuteiras, tudo num clima semelhante ao das atrações da Disney, inclusive com direito à loja de artigos esportivos e lanchonete na saída do Museu.
Aos responsáveis pela criação do Museu do Futebol, os meus sinceros parabéns. É coisa de primeiro mundo. Ao meu genro, agradeço por me "arrastar" ao local que tanto apreciei. Para os que querem ter uma idéia melhor sobre o que poderá encontrar no Museu de Futebol, sugiro uma visita ao site www.museudofutebol.org.br
Puro e linear equívoco. Conhecer o Museu do Futebol deveria ser compulsório a todos os que apreciam esse esporte. Os mais velhos, grupo ao qual me associo, têm a oportunidade de rever seus antigos ídolos praticando malabarismos que estavam guardados no "arquivo-vivo" da nossa memória. No meu caso, fui frequentador permanentes do Maracanã. lances e mais lances que testemunhei estão ali, mostrados com som e imagem e permitindo serem vistos até enjoar. E o museu não se atém apenas aos craques da bola. Técnicos e profissionais de imprensa de nossa época, muitos deles já desaparecidos, estão de volta aos nossos olhos e ouvidos.
Os mais jovens recebem uma preciosa aula sobre a "História do Futebol" e podem passar a limpo lances que lhes são contados por pais e avós, sobre as façanhas que assistiram ao vivo, como as diabruras do Garrincha e a genialidade do Pelé. Isso me faz lembrar do grande tricolor Nelson Rodrigues que, ao ser cobrado sobre a real existência de um determinado lance do passado que acabava de comentar, respondeu : "ora, se existiu ou não existiu é um detalhe. O que importa é que ele está bem vivo na minha imaginação ".
As Copas do Mundo, seus principais jogos também se fazem presentes trazendo de volta emoções, alegrias e decepções. A performance de quem nasceu na minha época ( 1946 ), nesse particular, é invejável. A primeira Copa do Mundo que acompanhei ( pelo rádio ) foi a de 1958. Além desse título, vibrei com as conquistas de 1962, 1970, 1994 e 2002 e sofri com todas as derrotas, especialmente com a de 1982 já que, pelo Maracanaço de 1950, passei incólume. Mas, dessas Copas estão lá registradas suas principais jogadas.
Não faltam também seções dedicadas às melhores defesas, aos melhores gols, aos melhores dribles, enfim, um colírio para os olhos de todos os que curtem o futebol. O museu tem como teto de algumas seções uma pouco comum visão dos degraus da arquibancada do bonito e já histórico estádio do Pacaembu que, como parte da atração, pode ser conhecido pelos seus visitantes.
De tempos mais remotos, época em que surgiu o futebol no Brasil, há farta documentação fotográfica e páginas de esporte dos velhos jornais. A história dos principais clubes brasileiros e a vibração dos seus torcedores também estão por lá, assim como a evolução da bola e das chuteiras, tudo num clima semelhante ao das atrações da Disney, inclusive com direito à loja de artigos esportivos e lanchonete na saída do Museu.
Aos responsáveis pela criação do Museu do Futebol, os meus sinceros parabéns. É coisa de primeiro mundo. Ao meu genro, agradeço por me "arrastar" ao local que tanto apreciei. Para os que querem ter uma idéia melhor sobre o que poderá encontrar no Museu de Futebol, sugiro uma visita ao site www.museudofutebol.org.br
