quinta-feira, 12 de março de 2009

VEM AÍ O GRANDE DIA


No sábado dia 14, o Presidente Barack Obama abrirá a sua agenda para recepcionar na Casa Branca, durante uma hora, o nosso Presidente Luiz Inácio. Com as atenções voltadas prioritariamente para assuntos, se não mais sérios, pelo menos mais prementes e preocupantes como a grave situação da economia norte-americana, o Afeganistão e a Coréia do Norte, não sei se a "janela", ou "clarabóia" que foi concedida a Lula será suficiente para tratar da extensa pauta que está sendo levada pelo "nosso guia".

De toda a sorte, o Presidente Luiz Inácio sairá daqui com procuração outorgada pelos companheiros Chávez ( segundo a assessoria do Planalto, Sua Alteza, o príncipe Chávez ), Morales, Rafael Correa, Raul Castro e, pegando uma carona de última hora, Álvaro Uribe, que está com medo que o Obama não dê à Colombia a mesma atenção oferecida pelo "já foi tarde" Bush.

Imaginando que serão gastos nessa de tradução pra lá, tradução pra cá ( e olha que traduzir o Lula não deve ser fácil. Primeiro o sujeito traduz para o português, depois para o inglês ) uma boa meia hora, restará muito pouco tempo ao nosso presidente.

Assim tomo a liberdade de sugerir que, em vez de ficar perdendo tempo tentando aproximar Venezuela dos Estados Unidos e Cuba idem ( Lula, sem essa de querer ser cupido desse flerte que está caminhando tão bem ), reclamar de protecionismo no comércio e da necessidade de concluir a Rodada Doha, acho que poderiam ser deixados de lado o protocolo e formalismo desse primeiro encontro ( o primeiro encontro nunca se esquece ) e o nosso Lula faria, usando todo o seu charme, uma apresentação contendo :

primeiro número : exibição com malabares, técnica aprendida com um desse meninos que se exibem nos faróis das cidades brasileiras ( americano adora essas coisas ) ;

segundo número : apresentação de Garota de Ipanema, acompanhada por som de viola caipira ;

terceiro número : exibição de "embaixadas" e outras habilidades, com uma bola autografada pelo Pelé ;

quarto número : uma boa sambadinha, mostrando como o nosso presidente é um grande pé de valsa ;

quinto número : fechando com chave de ouro o encontro, uma farta rodada de branquinha do nosso melhor alambique, alavancando o programa de etanol.

Garanto que se essa receita for adotada, as portas da Casa Branca durante o governo Obama estarão definitivamente escancaradas para o Brasil .