terça-feira, 10 de março de 2009

MAS FAZER O QUÊ ?

Ontem, me pus a apontar o meu descontentamento com a atuação dos principais partidos "deste país", o PSDB e o PT ( O PMDB, como pensa o senador Jarbas Vasconcelos, não é partido, é bando ).



Aí, me foi perguntado : mas fazer o quê ? realmente uma boa e oportuna indagação. E, a não ser no longo prazo, é difícil mudar a situação. Há ONGs voltadas para a dignidade na política e muito bem intencionadas, sem dúvida. Mas até agora existe resultado prático do seu trabalho ? na verdade, as más práticas políticas parecem contaminar a praticamente todos os que alcançam um mandato representativo. É como se houvesse um vírus altamente contagioso circulando nos ambientes políticos fazendo adoecer esse grande universo.


Os que se vacinaram contra esse vírus, desiludidos ou enojados, decidem abandonar a política, como pretendia fazer o falecido senador Jefferson Péres, do PDT - AM. E quanto a nós, meros eleitores ? olha, há um longo caminho a ser percorrido. Devemos considerar, no entanto, que toda a grande caminhada tem o seu primeiro passo, como bem diz um provérbio chinês. Pergunto, por exemplo, a todos os amigos internautas que, indignados, trocam matérias sobre as malversações praticadas com o dinheiro público : quem se lembra dos nomes dos políticos que, merecedores do seu voto, estão em pleno exercício de mandatos ? exceto os escolhidos para governador e presidente, poucos, muito poucos haverão de se recordar. E, entre os poucos com "boa memória", quais os que acompanham o desempenho dos seus representantes ? quase ( ? ) ninguém, afirmo sem medo de errar.


O primeiro passo da longa caminhada é um simples dever de casa e deverá caber a nós, a elite que hoje navega pela internet : primeiro, vamos anotar cuidadosamente o nome dos nossos representantes, de vereador à presidente da república. Depois, passemos a visitar os respectivos sites, que já existem, fuçando o que andam fazendo os nossos políticos e, que tal lhes encaminhar e-mails de aprovação ou desaprovação ao seu desempenho ? sou capaz de apostar que a quase totalidade de correspondências recebidas por políticos, encerra questões pessoais. E os políticos, que não são bobos, contam com a amnésia geral do eleitorado. Nós, brasileiros, não temos nem o hábito de prestigiar uma simples assembléia de condomínio . Mas, na hora de falar mal do síndico, quando encontramos com um vizinho no elevador, aí é uma festa.

Sendo assim, o caminho será mesmo longo e demandará muito tempo. Um dia chegaremos lá . Ou acreditamos nisso ou devemos parar de reclamar.